sexta-feira, 25 de julho de 2008

Semana de Arte Moderna



Nós alunas do 3° ano C, do Colégio Estadual Roberto Santos, Campo Formoso-Ba, apresentaremos neste blog, o trabalho de Literatura da Língua Portuguesa, com o tema "Semana de Arte Moderna" que tem como objetivo, levar ao conhecimento de todos, esse acontecimento -Semana de Arte Moderna- ocorrido entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, que marcou a entrada do Modernismo Artístico e Literário em nosso país e de alguma forma estão relacionados com a arte que se faz hoje.


Preparação, realização e repercussão
A preparação, a realição e a repercussão da Semana de 1922, ano do Centenário da Independência e da criação do Partido Comumente Brasileiro, marca a entrada do Modernismo artistíco e literário em nosso país no bojo de um momento histórico dos mais ricos que já tivemos.
1- Os anos precursores

Estes eventos diretas ou indiretamente motivaram a realização da semana congregando assim os jovens artísticos modernistas, e constitui uma informação importante para o reconhecimento da forma como foi se tornando realidade.
1912 - Oswald de Andrade retorna da Europa, impregnado do futurismo de Marinete e afirmava que "estamos atrazados cinquenta anos em cultura, chafuratos ainda em pleno Parnazianismo".
1913 - Lasar segall, pintor lituano realiza "a primeira exposição de pintura não academica em nosso país", nas palavras de Mário de Andrade.

1914 - Primeira exposição de pintura de Anita Malfatti, que retorna da Europa trazendo influências pós impressionistas.













1915 - Organização da revista Orpheu, com manifestos e poemas do Modernismo Português, por Luís de Montalvor, e Ronald de Carvalho, futuro participante da Semana.










1917 - Os dois grandes líderes da primeira geração de nosso Modernismo, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, tornam-se amigos.
* Publicação de "Há uma gota de sangue em cada poema". (livro de poemas de Mário de Andrade)
*Publicação de "Moisés e Juca Mulato". (poemas regionalistas de Menotti del Picchia)
1918 - Manuel Bandeira publica Carnaval.
1919 - Oswaldo de Adrade, Di Cavalcante, Menotti del Picchia e Hélio Seelinger descobrem Victor Brecheret, quando este tinha um esúdio no Palácio das Indústrias, atual sede da Prefeitura de São Paulo. O escritor adere ao grupo de articulistas da Semana de Arte Moderna. No mesmo ano Brecheret vai a Paris, onde expõe Salon D'Automne. Lobato0 aprecia seu trabalho.
1920 - A impresa começa a publicar atacando o academicismo e o passadismo, especialmente graça às participações ativas de Oswald de Andrade, Menotti, Cândido Mota Filho, Agenor Barata e Mário de Andrade.
1921 - Os escritores paulistanos Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Armando Pamplona vão ao Rio de Janeiro buscar apoio para o movimento modernista. Conseguem as adesões de Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Ávaro Loreira, Villa-Lobos e Sérgio Buarque de Holanda

A Semana de Arte Moderna de 1922
A Semana ocorreu entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, com participação de artistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O evento contou com conferências, leitura de poemas, dança e música.
* dia 13 ( segunda-feira);
A inauguração do evento marcada para às 8 horas da noite, foi aberta com exposição de artes plásticas no saguão do teatro e uma conferência de Graça Aranha : "A Emoção Estética na Arte Moderna".Sua reputação de membro da Academia de Letras e seus 54 anos não o pouparam das vaias do público por seus ataques ao academicismo, Graça apresentou a exposição de artes plásticas e discorreu sobre o espírito da "nova arte", afirmando que "os que assimilam a arte ao Belo são retardatários: a arte é a realização de nossa integração no cosmos pelas emoções derivadas do nosso sentido". Oswald de Andrade leu poemas de sua autoria, com o papel tremendo nas mãos, sob vaias intensas. Em depoimento a Mário da Silva Brito ele diz:
"A penas me levantei e o teatro estrugiu numa vaia irracional e infrene.Antes mesmo d'eu pronunciar uma só palavra.Esperei de pé, calmo, sorrindo com pude, que o barulho serenasse. Depois de alguns minutos, isso se deu. Abri a boca, então. Ia começar a ler, mas nova pateata se elevou, imensa, proibitiva [..] Devo ter lido baixo e comovido. O que me interessava era representar o meu papel, acabar depressa, sair, se possível". Mário de Andrade proferiu, sob vaias, no saguão do teatro uma palestra sobre estética. Sobre o ocorrido, ele afirmava depois: " Não sei como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas nas escadarias do teatro, cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer".
* dia 15 ( quarta-feira);
Essa foi a mais agitada das noites, naqual houve conferÊncias sobre poesia e declaração de poemas. Guiomar Novais, conhecida virtuose de piano participou do evento e aproveitou um intervalo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudidíssima pelo público. Um dos pontos mais conturbados do segundo dia foi a leitura feita por Ronald de Carvalho do poema " Os Sapos", de Manuel Bandeira, que radicado no Rio de Janeiro , não pôde comparecer ao evento. O poema, um virulento ataque aos parnasianos, teve seu refraõ acompanhado aos berros por uma parte do público; a outra pate latia, guinchava, miava... Ao primeiro latido, Ronald retrucou: "Há um cachorro na sala, mas não está do lado de cá". Vamos ler o poema:

Os Sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo

Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...

" Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;


Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...


*dia 17 (sexta-feira);

Nesse último dia, houve um longo recital de Villa-Lobos, com a participação de Ernani Braga, Alfredo Gomes, Paulina d'Ambrósio, Lima Viana, Maria Emma, Lucília Villa-Lobos, Pedro Viera e Antão Soares. Foi o dia mais tranqüilo, com menos da metade da lotação do teatro. O único momento de constrangimento e vaias deu-se com a entrada do maestro Villa-Lobos que se apresentou de casaca, mas com um pé calçado com um sapato e o outro com um chinelo. O mestre tinha um calo inflamado! O público não gostou de sua atitude " futurista" e houve inclusive um espectador da primeira fila que abriu um guarda-chuva preto em sinal de protesto ao figurino do regente.
Nesse dia foram reafirmados os três objetivos fundamentais do movimento modernista brasileiro:

1- Reinvindicar à pesquisa estética à atualização da arte brasileira, à estabilização de uma conciência criadora nacional.

2- Reagir contra o " helenismo" de Coelho Neto, contra o purismo de Ruy Barbosa, contra o academicismo de uma maneira geral.

3-Substituirr o pieguismo literário da métrica rígida e sentimentos catalogados, pela linguagem coloquil, pela livre expressão, pela valorização da realidade naconal, pela exaltação da psqui moderna.

Repercussões da Semana de Arte Moderna

Na época a Semana não teve grande repercussão na imprensa. Apesar disso, ela foi aos poucos ganhando importância histórica. Primeiramente porque representou a confluência das várias tendências de renovação que vinham ocorrendo na arte e na cultura brasileira antes de 1922 e cujo objetivo era combater a arte tradicional. Em segundo lugar poque conseguiu chamar a atenção dos meios artísticos de todo país e, ao mesmo tempo, aproximar os artistas com idéias modernoistas que até então se encntravam dispersos.
Os reflexos da Semana perduraram durante toda a década de 1920, atravessaram a década de 1930 e, de alguma forma, estão relacionados com a arte que se faz hoje.



Participantes da Semana de 22

5 comentários:

Edú disse...

Nossa, tá ótimo o trabalho de vcs.
Mas, acho que deveriam melhorar os ''erros de Português'', nossa tem muita coisa que tá escrito errado.
Muito erros mesmo.
Mas fora isso tá ótimo.

Anônimo disse...

é concordo com edú os erros estão um pouko d+.....
precisa dar uma melhorada....
mas tá otimo fora os erros muito bom o trabalho de vcs

Fernando Pessoa disse...

Seu blog ficou massa!...............

nos ajudara bastante nas pesquisas!

da um pulinho no meu!...........

Unknown disse...

nossa adorei

Alexandre Cervantes disse...

opa vle vcs me ajudaram muito eim =D